O que seria de um pobre desgraçado que, numa aldeia/tribo comunitária, digamos, há cerca de uns 3000 anos atrás, encarregue de guardar e gerir os mantimentos para o inverno, os vendesse, a título privado, a colaboradores (entenda-se outros vigaristas como ele) de uma tribo vizinha, tirando para si próprio dividendos privados, que jamais dividiria com os restantes cidadãos, obrigando, dessa forma, todos os membros da comunidade, não só a passar privações e até fome, como ainda a ter de colectar as suas próprias e parcas poupanças e haveres para readquirir esses mesmos bens à tribo que anteriormente os comprara?
claro que o destino, por muito misericordioso que fosse um tal povo, não seria bom nem proveitoso, muito provavelmente, depois de levar uma valente tareia e de repôr os prejuízos, entregando todas as suas posses à comunidade, seria banido da mesma para todo o sempre.
Veja-se isto como exemplo do que se tem passado neste país nos últimos anos (digamos, uns 30 pelo menos), mas sobretudo, atenda-se à mensagem implícita que é, sem dúvida elucidativa, e perante tal perguntemos:
somos mais evoluídos que o povo dessa tribo? temos mais humanidade que eles, apesar dos 2 ou 3 mil anos de diferença temporal? a nossa ética e moral progrediu no sentido daquilo que deve ser a natureza primeira de qualquer ética e/ou moral, a saber, e de modo sintético, "a justa ratio"? o nosso progresso cultural aportou-nos mais e maior sentido de justiça? aplicamos hoje melhor a justiça que os velhos anciãos tribais e comunitários? atribuímos mais e maior valor á comunidade, e como tal maior dignidade a cada indivíduo?
Eu, na minha nobre ignorância tenho a ideia que cada indivíduo que vê, sabe, tem provas, não denuncia, cala e consente, é tão bom como o que participa e tira proveitos de uma sacanice deste tipo, sendo qe a única diferença está no facto de um "fazer". "elevar a acto" o seu egoísmo e sacanagem enquanto o outro se satisfaz simplesmente com o sonho de poder, um dia ser como ele.
que raio de caminho segue a humanidade? chama-se a isto evolução? eu cá acho que desde há algum tempo que estamos em involução, ou implosão conforme a perspectiva.
cumprimentos desde bracara augusta (que á semelhança do pais, de "nobre" e "augusta" já só tem o nome.
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