quinta-feira, 8 de abril de 2010

consultando as listagens de candidatos a professores no grupo 410 (filosofia) para o ano lectivo de 2009/2010 constatei haver 1750 candidatos. Convém ressalvar que este nº não reflecte a totalidade dos candidatos ou professores de filosofia já que muitos não concorreram por se enconrtarem bem instalados nas escolas para onde foram destacados no ano anterior ou antes desse ainda, pelo período de 4 anos. Portanto os 1750 são os que ainda não estão como desejariam estar, os que não estão nos quadros e os que nem estão nem deixam de estar. A situação é a seguinte:
1. Desconhece-se a quantidade dos que estão bem e não concorreram
2. Dos QE e QZP concorreram para mudar de local 758 professores, portanto gente com lugar garantido
3. Os restantes 1042 são candidatos a um lugar como professores
Destes 1042, 544 foram contratados pelo ministerio da educação, quase tantos como os que ocupam lugares de quadro (de escola ou de zona pedagógica).
A questão que se põe é a seguinte: como é que o ministério apenas possui, digamos, 60% dos professores necessários no quadro de efectivos e recorre á contratação para aos restantes 40%. Será que a população escolar se altera em 40% durante um ano, ou dez anos que seja? Claro que não, não é possível tal variação demográfica , a menos que alguma catastrofe, como a peste negra por exemplo, tivesse assolado o país nos ultimos 20 anos e não foi o caso (aliás a única peste que assolou o país nos ultimos , não 20 mas 35 anos, foi, efectivamente, o facto de ter sido governado por uma chusma de ladrões e vigaristas, mas isso não tem influência nas variações populacionais, apesar de ter na variação das listas dos mais ricos e poderosos do país, bem como numa eventual listagem dos mais corruptos).
Voltando á questão, porque razão a margem de erro ao nivel decontratações de professores de filosofia é de 40 %? Não seria de esperar que apenas 10% , por exemplo, fosse a percentagem de contratados anualmente? Sim porque 10% significaria já cerca de 150 professores (entre todos os que anualmente asumem funções ensinando filosofia nas escolas) e estes equivalem a cerca de 15000 alunos na disciplina de filosofia. Desconheço o número total de alunos do ensino secundário mas creio que nunca, em nenhum ano houve uma variação superior a 15000 nas frequencias da disciplina de filosofia.
Por isso o normal e aceitavel seria o ministerio contratar cerca de 100 professores todos os anos sendo que os restantes 1500 seriam o corpo de efectivos permanente ao serviço das escolas do país.
Mas não. o ministério acha que apenas 1000 (mais ou menos) merecem, porque são necessário o titulo de efectivos enquanto os restantes 500 são provisórios (os contratados).
Porque é que o ministério faz isto? Porque não integra simplesmente os professores que fazem falta ao sistema de ensino? Há pessoas que são contratadas há 15 anos, gente que há 15 anos é conatratada anualmente para dar aulas e nunca foi integrada. não serão precisos? Não serão parte do corpo necessário e permanente das escolas? o estado legisla de modo a que as empresas não possam dispensar trabalhadores em fim de contrato se o posto de trabalho equilvalente não se esgotar, mas então porque despede todos os anos, so quanto a professores de filosofia , cerca de 500 pessoas em agosto , para as reintegrar em setembro? que raio de estado é este que faz as leis para os outros e se julga no direito de as não cumprir? que diabo de estado é este que em vez de dar o bom exemplo é justamnete o primeiro a ignorar e albarroar a lei?
Como é possivel que haja pessoas a trabalharem há 15 anos para o estado, ininterruptamente na mesma função, na mesma escola até, e que ainda não pertencem aos quadros dessa instituição/empresa?
E porque não falam os sindicatos destes assuntos? Os sindicatos que passam a vida a ameaçar com greves por causa de avaliações e por causa de meia duzia de euros a mais ou amenos mas não são capazes de lidar com os veraddeiros problemas da educação? Ou será que ganhar mais 25 euros ou menos 25 euros é um problema maior do que ter 30000 professores contratados há mais de 12 anos sem que perteçam, ilegalmente, aos quadros das escolas ou do ministério?
Está na hora dos sindicatos começarem a olhar pela educação já que o ministério apenas olha por eles proprios, ou será que os sindicatos da educação em portugal querem ficar, como já estão, na histório como um covil de interesseiros cuja principal e unica função é regatear preços e premios em vez de se preocuparem com os verdadeiros problemas da educação no pais? Que dizer sobre os 30000 contratados? Que dizer sobre os profissionais que andam em contratos há mais de 15 anos sem pertencerem aso quadros? Que dizer de professores que ao fim de 15 anos de trabalhos se vêm origados a aceitar um horario de 8 horas a 300 km de casa? Que dizer da estabilidade e eficiência de um copro docente composto quase em 50% de trabalhadores precários, desrespeitados todos os dias no exercicios da suas funções, delapidados diariamente e ano após ano dos seus direitos , da sua segurança, do respeito que merecem e deveriam receber da comunidade educativa no seu todo? Que dizer da autoridade cientifica e pedagógica que os professores vêm ser arredada da sua esfera de acção e transportada para agente externos á escola e ao proprio sistema educativo?
Então... senhores do sindicatos? Querem fazer barulho? Vamos lá fazê-lo, mas por algo que valha a pena e que traga valor acrescido á nossa sociedade e ao nosso sistema de ensino? Ou acham que vai ficar como marco hsitórico um ano de greves e barulho por causa do último escalão da carreira? Ganhem juizinho e dediquem-se a trabalhar em vez de andarem armados em D. Quixotes, porque pelo menos ele, o D. Quixote via vilões  em vez moinhos e ao que parece os sindicatos da educação em portuagal nem moinhos são capazes de ver quanto mais os vilões?